Loja conceito da Leo Madeiras foi criada para atender os seus diferentes públicos
Localizada na Avenida dos Estados, na capital de São Paulo, a loja conceito da Leo Madeiras foi criada de forma a atender com qualidade seus diferentes públicos: o marceneiro mais maduro, o marceneiro da nova geração, o arquiteto e o consumidor final. O case foi apresentado no 36º BACKSTAGE DO VAREJO, promovido pela ABIESV, no final de outubro.
“O trabalho foi feito em cima de uma pesquisa. O marceneiro mais maduro é o consumidor origem dessa operação. Já o marceneiro da nova geração, são os filhos deles, que chegam com mais necessidade de tecnologia”, conta Marcos Morrone, sócio-diretor da Design Novarejo, que assina o projeto da marca.
A princípio, segundo ele, a Leo Madeiras tinha um público muito masculino, mas com a entrada no mundo dos arquitetos, o público feminino começou a aumentar. “Para o arquiteto, criamos nichos, onde na privacidade e de forma agradável ele pode levar o seu cliente, conectar o computador em aparelhos de TV’s e apresentar o mostruário de produtos”.
Também foi necessário pensar com atenção no consumidor final da marca, diz o diretor. “Para os vendedores, o consumidor final é o famoso cliente ‘caroço’, que só atrapalha, porque o seu ticket médio é baixo. Ele vai só para comprar um item e o vendedor pode estar perdendo a compra de um marceneiro que provavelmente vai montar toda a parte de marcenaria de uma residência e gastar bastante”, completa. Dessa forma, para esse consumidor final se buscou saber o que ele procurava e foi instalado um autosserviço.
Morrone conta sobre a preocupação de distribuir os espaços de forma homogenia para que a loja tivesse uma circulação equilibrada e sem ‘pontos escondidos’, quer dizer, as pessoas circulassem de forma uniforme por todo estabelecimento. Também houve a preocupação com a entrada da loja para que o cliente se sentisse em casa e não tivesse um impacto tão grande pela diferença.
Outra iniciativa foi a criação dentro da loja de espaços especiais e próprios, onde o vendedor pudesse orientar o cliente e lhe oferecer uma gama de produtos maior em cima da sua necessidade. “Hoje, quando o vendedor percebe que tem um cliente em potencial, ele leva para um ambiente confortável que criamos e lá consegue aumentar em duas ou três vezes o ticket da loja”, afirma Morrone.
Espaços especiais para atender clientes na Leo Madeiras
Mais uma mudança, conforme conta, é que ao invés do cliente ficar sentado, ele retira a senha e pode degustar na loja vendo os produtos, os lançamentos, as ofertas e alguns espaços interativos onde se conecta de uma forma mais profunda. E tudo em um ambiente que remete a marcenaria. “Os display e mobiliários foram todos feitos usando produtos de origem da Leo Madeiras”.
Organização
Conforme conta Morrone, antes os produtos e atendimentos da Leo Madeiras eram misturados e tudo parecia meio caótico. “Para resolver já de início todas as informações foram organizadas para os clientes, a entrada de mercadorias, a exposição de produtos dentro e fora da loja, foram criados displays básicos, sempre pensando na gama de itens que têm para serem distribuídas nos espaços, levando também em consideração que a marca tem lojas pequenas e grandes. Nesses casos, é fundamental conhecer bem os perfis dos clientes para estruturar esse trabalho e dividir em etapas”.
Morrone ressalta que foi feito um trabalho muito grande de retaguarda com a equipe da Leo Madeiras, antes de implantar o projeto de forma plena. “Por fim, a organização ficou quase como um catálogo físico, com tudo separado e codificado, para ser um suporte não só para o cliente que circula na loja, mas também para o vendedor, que precisa do produto de forma organizada para poder dar uma explicação técnica. Nós aplicamos todas as nossas disciplinas: a arquitetura, o layout de loja, a comunicação, VM e tecnologia. Toda a gama de serviços que temos no escritório”.
Os produtos muito bem organizados na Leo Madeiras
A loja dispõe de um totem onde os clientes podem efetuar a compra e fazer simulações para saber como a madeira fica no local onde será usada. E se escolhe como comprar: pelo app e retira na loja, diretamente na loja compra e paga pelo totem, e tem ainda o sistema de autosserviço, entre outras formas. A loja tem, também, uma área de parada e descanso para o café.
“Este é um projeto de design em um segmento diferente, que não costumamos ver. Atualmente, nota-se que marcas dos mais diversos segmentos estão procurando inovação e excelência no atendimento e para isso é necessário que se tenha um design estratégico. A Design Novarejo faz projetos para as mais diversas áreas, supermercado, hipermercado, petshop, entre outras”, explica Morrone.
A Leo Madeiras, fundada em 1943, é uma operação de 50 unidades, divididas em lojas próprias e lojas de parceiros. “A loja piloto da Leo Madeiras já foi replicada tanto o seu projeto inteiro como em uma versão mais enxuta”, conclui Morrone.
O 36º BACKSTAGE DO VAREJO apresentou outros cases, como o da Loja do Mecânico, Grupo Amarelinha Tintas, Natura e Constance Calçados.
Crédito das fotos: Marcos Morrone e Marcelo Breyne
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