ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
Evento mostra o forte investimento de diversos segmentos do varejo no design estratégico da loja

Evento mostra o forte investimento de diversos segmentos do varejo no design estratégico da loja

22 out 2022

“A loja física tem que se destacar, pois se for só para comprar produtos, atualmente, temos vários canais. O PDV se torna importante na experiência sensorial e no relacionamento humano”, diz Claudia Vizzotto, Líder de Planejamento da Design Novarejo, na palestra de abertura do 36º BACKSTAGE DO VAREJO, promovido pela ABIESV, na última quinta-feira (20/10), na FAAP Business Hub, sob o tema “O Impacto de um Design Inovador na Experiência de Compra”, em uma programação repleta de conteúdo.

Em sua apresentação, Claudia mostra números da pesquisa feita para o evento National Retail Federation desse ano: 72% dos consumidores compram atualmente na loja física; 50% afirmam que preferem a loja física porque precisam tocar nos produtos; e 43% porque querem obter produtos diretamente. Outro dado interessante é que 62% dos entrevistados estão atentos e conscientes sobre o impacto ambiental e preferem comprar de marcas com responsabilidade social. “Hoje o consumidor não compra simplesmente um produto, mas sim um estilo de vida”, completa a especialista.

Na apresentação de Marcos Morrone, sócio-diretor da Design Novarejo, foram mostrados três cases de lojas conceito de segmentos que não é comum ver investindo tão forte em projetos de design, ainda mais projetos de design tão completos e amplos. São eles a Loja do Mecânico, Grupo Amarelinha Tintas e Leo Madeiras.

“Na Leo Madeiras criamos áreas específicas dentro da loja conceito, localizada na Avenida dos Estados (capital de SP), para os diferentes consumidores da marca: o marceneiro mais maduro, o marceneiro da nova geração, o arquiteto e o consumidor final”, conta Morrone.

Já a Amarelinha Tintas passou de uma loja bem convencional a uma loja experiencial.  “O objetivo foi atrair arquitetos e decoradores com os produtos aplicados de forma que os consumidores pudessem vê-los, por isso o chão, teto e paredes com diferentes tipos de verniz, além de metais nos displays com aplicações de tintas”.

A explicação é completada pelo próprio varejista, Vinicius Capatto Miguel da Silva, Gerente Regional do Grupo Amarelinha Tintas: “a loja física tem que ser mesmo de experimentação. E o que nos surpreendeu foi a adesão dos pintores, que também levam nas nossas lojas seus clientes, além dos arquitetos e engenheiros”.

A Loja do Mecânico que era apenas digital, desde 1993, inaugurou a sua primeira loja física no começo desse ano, em Jundiaí/SP, e já está com 14 unidades no interior de São Paulo. “A parte da loja da área de operação é toda de vidro, o que permite aos frequentadores ver tudo o que está sendo feito. No espaço tem um mega painel, onde é possível fazer simulações de ambiente de mecânica. Tem, também, áreas destinadas a cursos e eventos”, diz Morrone.

Conforme conta Thiago Ferreira Gurgel, CEO Gente & Tech da Loja do Mecânico: “Nós já construímos a marca pensando em um dia entrar no físico. Hoje, na nossa marca, o cliente compra onde e como ele quiser, há uma interação entre físico e digital. Também acreditamos no treinamento constante dos vendedores das lojas, no oferecimento de portfólios diferentes dependendo da região e na entrega rápida. Antes nossa entrega era de dois dias, hoje é de no máximo 6 horas”.

Segundo o varejista, como resultado da criação da loja física, do investimento em projeto arrojado de design e demais ações, as vendas aumentaram por região.

A importância da arquitetura estratégica

Para Livia Abrão, Gerente de Visual Merchandising, Design Manager da Natura Latin America, o importante é expandir de forma sustentável, sem perder o DNA da marca e ser rentável. “Para isso, precisamos muito contar com o apoio da arquitetura, que deve ter um olhar bem estratégico”. Ela concedeu palestra no evento, intitulada ‘Como a Arquitetura Estratégica e VM facilitam a expansão da marca em diferentes modelos de operações’, ao lado de Juliana Neves, Vice-presidente da ABIESV e CEO da Kube Arquitetura.

Entre os modelos de negócios da Natura estão:

. a loja conceito focada na máxima experiência, imersão na marca e portfólio selecionado, presença da flagship da marca;

. loja com amplo portfólio de produtos, com foco em conveniência;

. e o novo modelo, o intermediário, escalável, que segue o look & feel das lojas conceito, e as diretrizes da marca Natura, e que atende um formato franqueável.

“Esse foi um projeto muito estratégico, desenvolvido remotamente durante a pandemia, na qual a Natura queria expandir, o que implicava na criação de um modelo de negócio mais escalável e franqueável”, conta Juliana. Segundo explica, a arquitetura estratégica ajuda a escalar um negócio, a fazê-lo de forma modular e flexível. Uma arquitetura inteligente transforma uma loja grande até em um quiosque”. Livia completa dizendo que são feitas adaptações do mobiliário modular dependendo do tamanho da loja da Natura.

A tecnologia a favor do varejo

 “A importância da tecnologia na expansão da Constance Calçados — Inovação, agilidade e resultados no PDV aliados ao software de gestão” foi tema de mais uma apresentação do 36º BACKSTAGE DO VAREJO. No painel, Rachel Mendonça, Diretora de Tecnologia, Inovação e E-commerce na Constance Calçados, e Alex Marques, Diretor Comercial da Data System, contaram sobre os benefícios da implantação há três anos da tecnologia de ponta (softwares de gestão), que permitiu a Constance Calçados boa gestão e boas vendas.

Segundo Rachel, foi possível obter ferramentas de gestão, com indicadores de performance, que possibilitaram aos gerentes e franqueados atuação imediata com time de vendas ao longo do dia. “Além disso, implantamos ferramentas de gestão de compra, com compras mais assertivas, para melhorar a qualidade e quantidade de produtos no PDV, alavancando ainda mais os resultados e metas de vendas”.

Para ela, o grande diferencial da parceria em tecnologia com a Data System é que permite mudanças para a melhoria do sistema. “Pensamos juntos e criamos novas soluções que sanam necessidades da Constance Calçados, que hoje tem 218 unidades e pretende expandir rápido nos próximos anos. Com esse suporte tecnológico e o projeto omnichannel, conseguimos aumentar em 16% as vendas no e-commerce”, completa.

Entre os produtos de software de gestão para o varejo disponíveis na Data System estão o Sistema de Gestão ERP (DV 4.0), que faz a gestão com controle multilojas integrado em vendas, metas, estoque, financeiro e compras, e painel omnichannel para gestão de vendas online e físicas; os Aplicativos Móveis, que reúnem diversos aplicativos integrados ao PDV, para pré-pedido de compras via APP, também possibilita acompanhar os resultados de vendas, metas e performance; e o Business Intelligence, ferramenta desenvolvida exclusivamente para lojas de calçados e roupas, coleta dados do PDV, analisa e apresenta, de forma simples e fácil de interpretar, informações do desempenho da loja.

“O compromisso da Data System é traduzir as principais tecnologias disponíveis no mercado em resultado para os lojistas. Cultura organizacional e engajamento do time são tão importantes quanto as ferramentas tecnologias que serão implementadas na loja. Sendo assim, procuramos sempre direcionar nossos clientes a primeiro entender qual problema ele precisa resolver, para depois propormos a tecnologia ideal”, explica Marques.

O 36º BACKSTAGE DO VAREJO tem os patrocínios da Lemca Iluminação e Data System e os apoios do Conselho do Varejo da Associação Comercial de São Paulo – ACSP, da Couromoda e ABCasa.