ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
Amarelinha Tintas – do Tradicional ao Premium Experiencial

Amarelinha Tintas – do Tradicional ao Premium Experiencial

10 nov 2022

Marca que virou case de sucesso no varejo e que teve sua história apresentada no 36º BACKSTAGE DO VAREJO (promovido pela ABIESV), o Grupo Amarelinha Tintas se reinventou, saindo de um modelo de negócio convencional para um PDV inovador. A sua loja conceito fica em Jundiaí/SP e é voltada para o arquiteto, decorador, engenheiro e consumidor final.

“O objetivo da criação da loja conceito era de ser premium e atrair seus públicos-alvos em experiências que facilitassem conhecer os produtos. Então, o cliente ao entrar no ponto de venda da Amarelinha pode ver os produtos que pretende adquirir aplicados em projetos ou expostos de forma experimental. Por exemplo, quer comprar um verniz, basta olhar para o chão, teto e paredes da loja, que verá as aplicações de diferentes e variados tipos de verniz. Também metais nos displays mostram os vários tipos e tonalidades de tintas, e assim por diante. Toda a loja está com o material utilizado de fato ou exposto”, conta Marcos Morrone, sócio-diretor do Design Novarejo, que fez toda a reforma, arquitetura e o desenvolvimento de mobiliário especial na loja, inaugurada no começo do ano.

A nossa loja conceito é a transformação de uma loja de produtos em um ambiente imersivo, explica Vinicius Capatto Miguel da Silva, Gerente Regional do Grupo Amarelinha Tintas: “onde todos nossos acabamentos estão aplicados, divididos em ambientes específicos e trazendo experiências sensoriais impossíveis de serem reproduzidos digitalmente. Uma loja conceito de altíssimo faturamento, onde ocorre muita compra rápida”.

Empresa tradicional, a Amarelinha Tintas existe há 30 anos e a marca sempre vendeu muito volume. Segundo Capatto, a ideia de uma loja conceito era um projeto antigo do sócio-fundador e seu pai, Vanderlei, para solidificar o nome do grupo. “Porém, o conceito da loja nunca havia sido definido. Ao final da minha faculdade, ao dissertar em meu TCC sobre o tema ‘A difícil adaptação da construção civil ao comércio digital’ identifiquei que, apesar das diversas dificuldades da época, o futuro deste segmento teria um grande espaço no mercado digital, e que a solução para nossas lojas físicas não era brigar com o digital, e sim complementar a jornada de compra, trazendo nossos clientes para nossas lojas físicas, a fim de proporcionar experiências tangíveis impossíveis de se transmitir de maneira virtual”.

Capatto até dá um bom exemplo: no computador não é possível saber a diferença da tinta de um acetinado e de um semifosco, isso só se consegue na experimentação, e prossegue: “eu vendo tinta da Suvinil e meu concorrente também vende da mesma marca, eu não posso só vender uma lata de tinta, preciso vender uma experiência também”.

Após o projeto da loja conceito ser concluído, uma questão surpreendeu o gerente: “a princípio, acreditávamos que a loja teria como foco a circulação de arquitetos e engenheiros, trazendo seus clientes para que conhecessem e escolhessem os acabamentos de seus projetos. Esta circulação existe e representa a maior parte do faturamento da loja. O que nos surpreendeu foi a adesão dos pintores, que também levam seus clientes, independentemente do poder aquisitivo, para escolher e consumir em nossa loja, e a circulação orgânica de consumidores finais que vão conhecer e experimentar nosso conceito”, conclui.

Para ele, o projeto desenvolvido foi “fantástico, implantamos muitas coisas digitalmente e o resultado preparou a nossa empresa para os próximos pelo menos 10 anos”. O Grupo começou a expandir para as demais lojas também (no total são 19 lojas), que são de balcão e que estão em processo de transformação, nos próximos anos, “mas não pretendemos transformá-las completamente em lojas conceito, porque nosso cliente já está acostumado a ir ao balcão e consumir. Mas vamos ter lojas híbridas, que tanto terão o atendimento tradicional como o de experiências”.

A Amarelinha também promove eventos aos seus clientes arquitetos e engenheiros. “Promovemos uma palestra, por exemplo, com Mauricio Arruda, conhecido arquiteto e designer de produto, que costuma fazer cursos em auditório, mas decidimos levá-lo para falar dentro da loja, justamente para apresentar aos arquitetos e engenheiros que ainda não conheciam o nosso ambiente. E foi notório, muito bom esse contato que tiveram e que foi bem mais próximo”, conta Capatto.

 

Os cubos são as cores de latex acetinado. É o mesmo tom em cada cubo para ver como a cor fica a cada tipo de reflexo de luz

 

Equipamento na loja conceito do Grupo Amarelinhas de Tintas que faz o comparativo de forma digital do mesmo produto de fornecedores diferentes: Sherwin-Williams, Coral e Suvinil. Tem todas as características dos produtos com os preços por metro quadrado e tempo de duração. São mais de 25 tipos de tintas.

Piso amarelo aplicado no chão da loja

Os vários tipos de verniz aplicados no chão, na parede e no teto

 

O Grupo amarelinha Tintas foi um dos cases apresentados no 36º BACKSTAGE DO VAREJO, ao lado de marcas como Loja do Mecânico, Leo Madeiras, Natura e Constance Calçados. No evento também foram apresentadas pesquisas sobre o comportamento do consumidor e discutidas abordagens sobre o tema: “O Impacto de um Design Inovador na Experiência de Compra”.

Crédito das fotos: Marcos Morrone e Marcelo Breyne

 

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