Por um varejo mais ágil, dinâmico e rentável com a tecnologia em 2024
Hailton Santos*
Diante dos números anuais cada vez mais assustadores, os varejistas têm a necessidade de refletir e colocar em prática ações relativas à prevenção de perdas. Assim, é imperativo analisá-las e atacá-las é tarefa essencial para as empresas. Nesse contexto, ampliar a eficiência operacional é obrigatório em 2024. O importante é ter atitude, adotar a prevenção de perdas como cultura na empresa, levá-la aos funcionários de todas as áreas e mostrar a sua importância.
Como aponta a última pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), as oportunidades de ganho estão 68% concentradas em furtos externos, à frente de erros operacionais (56%), erros de inventários (40%), erros administrativos (39%), desvios operacionais (32%) e furtos internos (17%). Mas o que fazer para melhorar os índices de eficiência operacional em 2024?
A tendência para as áreas de prevenção de perdas e eficiência operacional no varejo é a continuidade do uso e evolução da tecnologia, como a inteligência artificial, análise de dados em tempo real e automação de processos. Essas ferramentas podem ajudar a reduzir perdas, otimizar a gestão de estoques e aprimorar a experiência do cliente na loja. Além disso, o monitoramento remoto e o uso de dispositivos móveis devem se tornar cada vez mais comuns no controle de segurança e na tomada de decisões em tempo real.
A eficiência operacional está na visão integrada do ciclo do produto na sua cadeia de negócio, ou seja, desde o fornecedor/produtor até a frente de caixa. É preciso monitorar e controlar as compras, os pedidos, as entradas em CDs e/ou lojas, o fluxo interno da mercadoria, a eficiência dos estoques, a proteção dos produtos na área de vendas, a garantia de que os itens de produção, responsáveis por grande parte das perdas, estejam dentro dos padrões operacionais exigidos, o monitoramento das operações de caixa, do fluxo de numerário nas lojas, e, também, das transações digitais que pouca gente olha e tem grande impacto no resultado com o chargeback.
Existe uma infinidade de aplicativos e aplicações que podem ajudar muito na integração das áreas e garantir assertividade nos processos. A necessidade deve ser diagnosticada em cada negócio, uma tecnologia aplicada de forma inadequada pode se tornar um problema em vez de solução. Assim como, às vezes, uma solução tecnológica em um segmento, não significa que será a adequada em outro.
É certo que estamos vivendo um tempo de inovação e adaptação com criatividade. Proporcionar novas experiências ou experiências positivas requer entender esse movimento do mercado e o desejo do shopper. Perda é inaceitável, praticamente impossível de ser eliminada, mas cabe ao varejista torná-la mínima. Afinal, qualquer redução no índice de perdas da empresa reflete diretamente no seu resultado.
E então, o que você, varejista, como quer encarar 2024? Com lucro ou com perdas?
*É diretor Comercial da Sesami
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