ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
Pequenas empresas também podem e devem ter práticas de ESG

Pequenas empresas também podem e devem ter práticas de ESG

31 out 2022

A preocupação com o social, ambiental e a governança é para todos

Seu pequeno negócio tem monitorado o consumo excessivo de água e energia? Descarta o lixo e faz a coleta adequada dos resíduos? Está com a documentação em dia? Veja só, essas ações fazem parte do tão atualmente falado ESG, aplicado por empresas. Mas não só pelas empresas grandes.

A adoção da agenda ESG – social, ambiental e de governança – tornou-se primordial para as empresas que desejam se manter competitivas no mercado e serem bem-sucedidas.

Enquanto as empresas grandes criam estratégias para aplicação do ESG, por exemplo, para limitação do uso de carbono, os pequenos negócios, também, têm as suas ações de responsabilidade social, ambiental e de governança corporativa, porém com práticas adequadas ao seu tamanho, mas não menos importantes para a sociedade.

A gestão ESG deve ter ligação com as decisões e o dia dia dos negócios. É a boa união de uma empresa que tem propósito, rentabilidade e transparência, envolvendo: práticas trabalhistas, ações voltadas às comunidades, ações de preservação do meio ambiente, políticas de combate à discriminação e a promoção da igualdade entre os gêneros, entre outros.

Cerca de 43% das pequenas empresas, por exemplo, dizem que o impacto de suas ações sociais na vizinhança é positivo. Esse é um dado de uma pesquisa realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio/SP), que envolveu cerca de 100 pequenas empresas da cidade de São Paulo — 90 delas têm menos do que 10 empregados, e 10 empresas têm 50 empregados. O objetivo foi entender como a adoção do ESG tem ocorrido na rotina dessas empresas e que, na maioria das vezes, envolve:

. contribuições financeiras (21%);

. parcerias com organizações beneficentes ou participação em organizações comunitárias (21%) — nas empresas com mais de 50 empregados, esse percentual chega a 40%;

. e investimentos na comunidade (11%): nas companhias com mais de 50 funcionários, o engajamento com o entorno do estabelecimento chega a 30%.

Entre outros dados interessantes, a pesquisa mostra que cerca de 95% das empresas consultadas acreditam que suas atividades não exercem efeitos negativos nas mudanças do clima, no uso do solo, na escassez de recursos naturais e de água e na poluição da água e do ar.

E mais:  32% das empresas acompanham o consumo de energia, 26% delas monitoram o consumo de água, e algumas têm sistema de reaproveitamento de água de chuva e sistema de água de reuso. E 27% contam com métodos de conservação da água, como uso de torneiras, vasos sanitários, mictórios ou chuveiros de baixo fluxo.

Também 19% acompanham a geração de resíduos e 7% têm metas de redução, 48% fazem a triagem dos recicláveis (porcentual sobe para 100% nos negócios com 50 funcionários) e 27% fazem a substituição de descartáveis. Nenhuma das companhias ouvidas monitora as emissões de gases de efeito estufa.

Destaca-se também a preocupação maior das pequenas empresas com relação à regularização da documentação do negócio. Na pesquisa, 82% têm contrato social registrado na Junta Comercial; e 71% mantêm seus trabalhadores formalizados (CLT ou contrato de trabalho); 45% adotam medidas para impedir e reparar situações de assédio ou violações a direitos humanos (o porcentual é de 70% nas empresas com mais de 50 empregados); e 45% contam com mulheres nos cargos de liderança;

A Fecomercio/SP produziu um checklist voltado às pequenas empresas, que pode auxiliar a reduzir os custos com água e energia, a estar em dia com a documentação do estabelecimento e, também, a melhorar a percepção do consumidor sobre a sua marca. Cadastrar Aqui.

E-book traz orientações

Recentemente, a KPMG anunciou o lançamento de um e-book com orientações e recomendações para a implementação de boas práticas de governança social em diferentes etapas de desenvolvimento.

Com seis tópicos, o e-book trata de diversidade e da equidade de gênero nos negócios. E vai além: mostra exemplos práticos que podem ser seguidos. Também faz reflexões sobre como as decisões das empresas podem influenciar a sociedade.

Criada em parceria com a WE Impact, primeira venture builder dedicada a startups fundadas e lideradas por mulheres, a publicação é denominada ‘O S de ESG: governança social para startups’ – e está na íntegra Clique aqui.

Crédito da foto: Freepik