Os desafios do Visual Merchandising
O visual merchandising desde sempre me chamou atenção….mesmo quando eu nem sabia o que era isso……me lembro de passar em frente as vitrines de uma grande loja de departamento que tinha no Shopping Iguatemi em São Paulo e me deparar com produções que me remetiam a estar em férias na praia ou mesmo junto do Papai Noel na Lapônia, de tão bem ambientadas que eram.
Algumas décadas se passaram e olha eu, publicitária de formação, responsável por Design de Loja e com a oportunidade de aprender, executar e compartilhar um pouco do que sei sobre o visual merchandising nos dias de hoje…que certamente transcende o encantamento da minha adolescência.
Além da moda, os mais diversificados varejos: alimentar, home centers, pet shops, decoração, colchões, brinquedos, bancos de varejo e o varejo farma evoluíram de forma a criar um ambiente acolhedor e favorável a experiência de compra do cliente.
Por isso, o VM começa antes mesmo do cliente entrar na loja. No estacionamento, quando sinalizamos onde estacionar o carro, deixar o pet ou a bike, com orientações de horário de funcionamento e legislação na porta da loja. Antes mesmo do cliente iniciar sua jornada de compra, dar destaque aos produtos e serviços que ele irá encontrar naquele espaço, é imprescindível.
Acredito que até o início dos anos 2000 as vitrines eram basicamente promocionais, quando então passaram a contar com outras variáveis que enriquecem o PDV, histórias e posicionamento da marca foram para as vitrines além dos recursos especiais de iluminação. Então chegaram as vitrines digitais com telas e conteúdo, e mais recentemente, especialmente no Brasil, os espaços interativos e instagramáveis, esses ainda em pequeno número, mas que tem exemplos muito bem executados…pela indústria da moda.
O VM tem como missão facilitar a jornada do cliente, se fazer valer de equipamentos flexíveis e adaptáveis para exposição de produtos e com comunicação versátil e quase sempre trabalhada em vários níveis, apenas para exemplificar:
- 1º nível – “Mundos” – por exemplo, para a MODA um exemplo de mundo seria FEMININO e nos pet shops CÃES.
- 2º nível – Testeiras de gôndolas de parede, para a moda o exemplo seria CALÇAS e nos pet shops ACESSÓRIOS
- 3º nível – Testeiras de gôndolas solo / Mesas de valorização / Araras
- 4º nível – Precificação e destaque para as ofertas especiais
Como citei antes, além dos equipamentos, do VM e seus níveis de sinalização não posso deixar de abordar a necessidade da correta exposição de produtos, visando sempre o cross selling dos produtos, como fraldas + lenços umedecidos + creme de assaduras.
No meu próximo artigo compartilharei com vocês, alguns exemplos de diversos segmentos que tive oportunidade de visitar nos EUA e na Europa no primeiro semestre deste ano.
Luciane Righetti
Publicitária de formação, com graduação pela PUC, pós-graduação pela ESPM e especialização em Comunicação Corporativa pela Syracuse University, Luciane consolidou sua carreira atuando no Marketing de grandes empresas nacionais e multinacionais do mercado financeiro, telecom e educação. O varejo se apresentou para ela por meio do Grupo DPSP, onde responde por Design de Loja, onde procura sempre associar no PDV as necessidades da operação com o conforto e satisfação do cliente.