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O Índice de Confiança do Consumidor sobe 2,5 pontos em março

O Índice de Confiança do Consumidor sobe 2,5 pontos em março

31 mar 2023

O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 2,7 pontos, chegando a 72,0 pontos, o melhor resultado desde outubro de 2022 (74,5 pontos)

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), subiu 2,5 pontos de fevereiro para março desse ano, atingindo 87,0 pontos.

Em médias móveis trimestrais, o índice ainda se mantém em queda pelo quarto mês consecutivo ao recuar 0,3 ponto, para 85,8 pontos. “Após dois meses em queda, a confiança dos consumidores sobe em março influenciada por uma melhora da percepção da situação atual e das expectativas para os próximos meses”, afirma Viviane Seda Bittencourt, Coordenadora das Sondagens do IBRE/FGV.

Em março, a alta da confiança foi influenciada tanto pela melhora das avaliações sobre o momento quanto das perspectivas para os próximos meses.  O Índice de Situação Atual (ISA) avançou 2,7 pontos, atingindo 72,0 pontos, o melhor resultado desde outubro de 2022 (74,5 pontos). Enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,2 pontos, chegando a 98,0 pontos. Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede intenção de compras de bens duráveis foi o que mais influenciou a alta do índice, apesar da diminuição do otimismo em relação as finanças familiares nos próximos meses.

O indicador que mede o ímpeto de consumo subiu 7,9 pontos, chegando a 84,8 pontos, maior desde novembro de 2022 (85,5 pontos), enquanto o que mede as perspectivas sobre a situação financeira futura recuou 2,4 pontos, atingindo 96,6 pontos, menor resultado desde novembro de 2022 (92,5 pontos).

Em relação à situação econômica, o indicador ficou relativamente estável ao variar 0,6 ponto para 112,8 pontos. Na avaliação sobre o momento, a percepção dos consumidores sobre a situação financeira das famílias subiu 5,3 pontos, chegando a 64,1 pontos, devolvendo a queda no mês anterior. Em contrapartida, a avaliação sobre a situação econômica atual se mantém estável, com a variação de 0,1 ponto, para 80,4 pontos.

A análise por faixa de rendas mostra resultados heterogêneos entre os níveis de renda. O resultado favorável de março foi influenciado pela melhora da confiança dos consumidores com renda familiar abaixo de R$ 2.100,00 e entre R$ 4,800,01 e R$ 9,600,00, cujo indicador subiu 4,0 e 3,1 pontos, respectivamente. Há uma percepção de melhora da situação financeira das famílias de menor poder aquisitivo, mas que partem de um patamar extremamente baixo em termos históricos.

As famílias com renda entre R$ 2.100 e R$ 4.800 mantiveram relativa estabilidade na confiança, enquanto para os consumidores com maior poder aquisitivo (acima de R$ 9.600), o ICC caiu 0,8 ponto influenciada pela piora das expectativas. Apesar da alta, todas as faixas de renda permanecem abaixo do nível de 90 pontos.

Imagem de abertura: prostooleh no Freepik