Novas experiências, boa exposição dos produtos e curadoria no PDV geram clientes satisfeitos e mais vendas
Afirmam especialistas em marketing de grandes redes de varejo, reunidos em encontro na Abiesv
A organização dos produtos expostos, o som ambiente, a curadoria e as novas experiências proporcionadas aos clientes estão entre os fatores que levam uma loja ao sucesso, segundo conceituados especialistas em marketing e visual merchandising de grandes empresas de varejo.
“Em uma loja de produtos para festa é impossível não pensar em Visual Merchandising”, afirma Wagner Quina, diretor digital e varejo da Regina Festas, empresa líder no segmento de celebrações no mercado nacional, e que tem a loja Shér! (rua Augusta). “O desafio é entregar a solução completa para o cliente e isso é feito muito pela exposição do produto, que deve ser bem organizada para que os clientes possam fazer as compras de forma agradável. Na loja Shér! nós temos um serviço, também, de consultoria, para decoração de festas e VM. Costumamos dizer que na Shér! a festa começa na compra dos produtos” conta o especialista.
A Regina Festas, há um ano, lançou o ‘Mundo Balão’, conjunto de soluções cujo objetivo é criar um espaço especial dedicado à comercialização de balões metalizados nos pontos de venda. “A ideia resultou em soluções lindas e incríveis e que, sem dúvida, ajudaram nas vendas”, conclui Quina.
Já a Petz, maior rede de pet shop do Brasil, organiza os seus produtos e serviços em mundos, ‘Mundo Cão’ ‘Mundo Gato’”, “Mundo Safari” e “Mundo Aquário”, entre outros. Nas gondolas tem a curadoria, que ajuda o consumidor ao decidir o que comprar. “A loja cria uma experiência para visita com a família. É uma loja de destino e não de passagem, tudo é pensado para o cliente passar muito tempo com a gente. Ir nas nossas lojas é uma diversão, e muitos vão ao menos uma vez por semana.”, diz André Luiz Marinho Alves, coordenador de marketing da Petz.
Segundo o executivo, hoje o cliente tem tudo na ‘palma da mão’ no on-line, então, para ele ser atraído para a loja física tem que ter um serviço diferenciado, é preciso trazer experiência ao cliente. “O consumidor vai na loja para testar, para sentir, e tem que achar tudo agradável, o som, a parte sensorial, para que se encante pela marca”, explica Marinho.
O marketing da Petz trabalha com cronograma, conta o executivo, a loja segue exatamente o que está desenhado. A empresa trabalha, também, com gestão de categoria, quer dizer, o que vende mais tem mais espaço e o que vende menos tem menos espaço. “A exposição é feita exatamente assim, não tem negociação com a indústria. Só negociamos as ilhas e as pontas das gondolas, o ponto natural é inegociável”.
A rede criou, recentemente, uma boa experiência para seus consumidores. Uma nova ferramenta, permite que o próprio cão escolha os produtos on-line. O mecanismo funciona por meio de reconhecimento facial dos cães, conseguindo identificar as expressões dos bichinhos quando determinado produto lhe é apresentado, acessórios ou comidas. É o Pet-Commerce. “São novidades enriquecedoras que fazem o cliente feliz”, conclui Marinho.
Ambos especialistas, Wagner Quina e André Marinho, participaram do 30º Backstage do Varejo, realizado neste mês de junho, onde os participantes puderam conferir, ainda, o trabalho de VM em grandes redes de lojas de materiais de construção, farmácias e lavanderias, entre outros. Além de uma palestra especial sobre realidade aumentada no varejo, proferida por Jon Harari, CEO e cofundador do WindowsWear.com, maior banco de dados do mundo de visual merchandising e comunidade global de criadores de varejo.
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