Lojas conceito, de segmentos diferentes, serão cases apresentados no 36º BACKSTAGE DO VAREJO
As histórias das criações das lojas conceito da Leo Madeiras, Grupo Amarelinha Tintas e Loja do Mecânico serão apresentadas no 36º BACKSTAGE DO VAREJO, promovido pela ABIESV, dia 20 de outubro, das 8h00 às 12h30, na FAAP Business Hub.
“Temos aqui projetos muito interessantes, desenvolvidos e bem-sucedidos e que servem de exemplos de lojas que investiram para se modernizar e conquistar o consumidor atual”, afirma Marcos Morrone, sócio-diretor da Design Novarejo e Conselheiro da ABIESV, que contará no evento sobre esses três cases, de segmentos distintos. Também estarão presentes os próprios varejistas das marcas.
A Leo Madeiras tem sua loja conceito localizada na Avenida dos Estados. Segundo Morrone, durante o briefing sobre o novo projeto, a marca apresentou uma necessidade latente, que surgiu após a realização de uma pesquisa. “Os marceneiros que inicialmente procuravam pelos serviços da Leo Madeiras estavam mais velhos e quem estava comprando eram seus filhos, que tinham outra visão, eram mais estudados. Tratava-se de um novo perfil de consumidor, que trazia mais tecnologia para o negócio e também procurava uma experiência mais tecnológica”, explica o Morrone.
Outro aspecto, conforme conta, é que ao longo dos anos a loja também começou a receber arquitetos, que eram especificadores, que buscam uma série de produtos e que as vezes chegavam acompanhados pelo cliente. A marca teria ainda um terceiro consumidor, o consumidor final, que na época não estava sendo muito bem atendido, uma vez que os vendedores tinham maior preocupação em receber os marceneiros e seus grandes negócios. “A Leo Madeiras estava começando a não atender a essa realidade de forma plena”, completa o especialista.
A Novarejo, segundo o seu sócio-diretor, trabalhou em todos esses aspectos e fez um projeto completo de loja, desde a arquitetura, construção do prédio, os materiais de acabamento até a comunicação visual. “A ideia foi criar um perfil de loja que conversasse com os diferentes públicos consumidores. Também procuramos trazer o conceito antigo em uma parte da loja, para que o marceneiro mais maduro, ainda, se sentisse em casa. E, ainda, procuramos ter tecnologia de ponta para o filho do marceneiro. Fizemos um espaço de atendimento mais adequado, porque eles vendiam no balcão, e entendemos que se o consumidor tivesse mais conforto compraria mais. Como resultado, o ticket médio aumentou muito”, conta o especialista.
Para o arquiteto foi criado um espaço para que pudesse levar seu cliente: baias com estrutura, como TV para apresentações. E um showroom, onde o arquiteto pode mostrar o produto aplicado na cozinha, no banheiro, etc.
A loja tem um pequeno autosserviço para atender o consumidor final e um lounge com café. “A loja piloto da Leo Madeiras já foi replicada tanto o projeto inteiro como apenas algumas de suas partes”.
Área de atendimento para os arquitetos
Leo Madeiras – Loja Conceito
Já a Loja do Mecânico, loja de ferramentas, voltada totalmente para o mecânico, fez um caminho inverso. Começou virtual em 1993 e inaugurou a sua primeira loja física no começo desse ano, em Jundiaí/SP. Agora está com várias unidades no interior de São Paulo. “O site da Loja do Mecânico tem 15 milhões de acesso por mês e mais 1 bilhão de páginas visitadas”, conta Morrone. A loja tem 1000 m2 e 70 mil itens, expostos e no online.
A Design Novarejo também desenvolveu o projeto completo da loja. “A parte da loja da área de operação é toda de vidro, pois quem está na loja consegue ver tudo que está sendo feito. Na loja tem um mega painel, onde é possível fazer simulações de ambiente de mecânica. Além de áreas destinadas a cursos e eventos”, conta Morrone.
A Loja do Mecânico tem muitos terminais. Todos os vendedores dos departamentos têm acesso a toda linha de produto
Os canais da Loja do Mecânico
Estação online da Loja do Mecânico
O Grupo Amarelinhas Tintas era uma loja tradicional de tintas, e o objetivo com a loja conceito, de Jundiaí/SP, foi criar um PDV mais premium, voltado para o arquiteto e engenheiro, mas também para o consumidor final, conforme Morrone. “Eles queriam uma loja mais experiencial, onde pudessem mostrar todos os produtos ou a maioria dos produtos e que estivessem aplicados em projetos na loja. “Exemplo, o consumidor vai comprar o verniz e já o vê aplicado. Toda a loja está com o material aplicado de fato ou exposto de uma forma experiencial. O PDV também oferece eventos voltados para o arquiteto”, conta. A Design Novarejo fez toda a reforma, arquitetura e o desenvolvimento de mobiliário especial na loja que ficou pronta no começo do ano.
Segundo Vinicius Capatto Miguel da Silva, Gerente Regional do Grupo Amarelinha Tintas, a ideia de uma loja conceito era um projeto antigo do sócio-fundador e seu pai, Vanderlei, para solidificar o nome do grupo. “Porém, o conceito da loja nunca havia sido definido. Ao final da minha faculdade, ao dissertar em meu TCC sobre o tema ‘A difícil adaptação da construção civil ao comércio digital’ identifiquei que, apesar das diversas dificuldades da época, o futuro deste segmento teria um grande espaço no mercado digital, e que a solução para nossas lojas físicas não era brigar com o digital, e sim complementar a jornada de compra, trazendo nossos clientes para nossas lojas físicas, a fim de proporcionar experiências tangíveis impossíveis de se transmitir de maneira virtual”.
Desta maneira, junto com a Novarejo, nasceu a loja conceito, transformando uma loja de produtos em um ambiente imersivo, “onde todos nossos acabamentos estão aplicados, divididos em ambientes específicos e trazendo experiências sensoriais impossíveis de serem reproduzidos digitalmente”, completa Capatto.
“A princípio, acreditávamos que a loja teria como foco a circulação de arquitetos e engenheiros, trazendo seus clientes para que conhecessem e escolhessem os acabamentos de seus projetos. Esta circulação existe e representa a maior parte do faturamento da loja. O que nos surpreendeu foi a adesão dos pintores, que também levam seus clientes, independentemente do poder aquisitivo, para escolher e consumir em nossa loja, e a circulação orgânica de consumidores finais que vão conhecer e experimentar nosso conceito”, conclui o gerente.
Os cubos são as cores de latex acetinado comercializados pelo Grupo Amarelinhas Tintas. É o mesmo tom em cada cubo para ver como a cor fica a cada tipo de reflexo de luz
Equipamento na loja que faz o comparativo de forma digital do mesmo produto de fornecedores diferentes: Sherwin-Williams, Coral e Suvinil
Os exemplos de vários vernizes aplicados na parede
Dentro do bloco de apresentação de Morrone, intitulado “O papel do design na loja: interação, imersão e experimentação”, também teremos a palestra de Claudia Vizzotto, Lider de Planejamento da Design Novarejo sobre o comportamento do consumidor.
Outras palestrantes serão de Juliana Neves, Vice-Presidente da ABIESV e CEO da Kube Arquitetura, que dividirá o palco com Livia Abrão, Gerente de Visual Merchandising, Design Manager da Natura Latin America, para falar sobre ‘Natura: Como a Arquitetura Estratégica e VM facilitam a expansão da marca em diferentes modelos de operações’.
O evento, também, terá palestra que aborda tecnologia: “A importância da tecnologia na expansão da Constance Calçados — Inovação, agilidade e resultados no ponto de venda aliados ao software de gestão”, com as apresentações de Rachel Mendonça, Diretora de Tecnologia, Inovação e E-commerce na Constance Calçados, e de Alex Marques, Diretor Comercial da Data System.
O 36º BACKSTAGE DO VAREJO tem os patrocínios da Lemca Iluminação e da Data System e os apoios do Conselho de Varejo da Associação Comercial de São Paulo – ACSP e da Couromoda.
Fotos : Marcos Morrone e Marcelo Breyne
Serviço:
36º BACKSTAGE DO VAREJO
Data: 20 de outubro, das 8h00 às 12h30
Local: FAAP Business Hub (rua Alagoas, 903, entrada G2. Higienópolis).