ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
Levantamentos mostram que vendas crescem em shopping centers e no comércio em geral

Levantamentos mostram que vendas crescem em shopping centers e no comércio em geral

18 Maio 2023

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) também registrou alta

No primeiro semestre de 2023, as vendas em shoppings centers tiveram um aumento de 6,8%, se comparado ao mesmo período do ano passado. O fluxo de pessoas nesses locais também apresentou aumento de 13,2%. Os dados são do balanço trimestral da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), com base em dados do Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce).

Se comparado ao mesmo período pré-pandemia, também houve um crescimento de 0,3% das vendas em shopping centers. As regiões que apresentaram maior aumento foram o Centro-Oeste e Nordeste, seguidos pelo Sudeste, Sul e Norte. A variação real de vendas média por m² foi de 6,6%. Com relação as categorias de lojas, as que tiveram as maiores variações foram Conveniência e Serviços, Entretenimento e Alimentação.

(Foto Divulgação)
“O aumento no número de visitantes e os bons resultados mensais do volume de vendas nas regiões pesquisadas levam à conclusão de que o setor de shopping centers se aproxima com velocidade do patamar pré-pandemia”, disse Glauco Humai, presidente da Abrasce

 

“Entre os fatores externos que contribuíram para o crescimento no primeiro trimestre deste ano estão as menores pressões inflacionárias em bens industrializados, como vestuário no começo do ano, e avanços da renda real do trabalho. O resultado representa uma aceleração frente ao trimestre anterior, que havia sido impactado por fatores macroeconômico, como incertezas políticas, juros mais altos e pressões no orçamento familiar, que limitaram maiores avanços na atividade econômica geral”, comenta Humai.

Só no mês de março, os shoppings tiveram um crescimento de 2,4% em relação a março de 2022. O ticket médio em shoppings foi de R$ 128,91 e em lojas de rua foi de R$ 84,10. O fluxo de visitantes aumentou em 8%, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Vendas do varejo tiveram alta de 0,8%

Também apresentou alta o volume de vendas do comércio varejista brasileiro  como um todo de 0,8% em março deste ano se comparado a fevereiro (Fonte: Agência Brasil), segundo Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O varejo cresceu 1,5% na média móvel trimestral, 3,2% na comparação com março de 2022, 2,4% no acumulado do ano e 1,2% no acumulado de 12 meses. Apesar da alta no setor, quatro das oito atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram queda na passagem de fevereiro para março: tecidos, vestuário e calçados (-4,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%), livros, jornais, revistas e papelaria (-0,6%) e combustíveis e lubrificantes (-0,1%).

O setor de supermercados, alimentos, bebidas e fumo manteve-se estável. A alta do varejo foi puxada por apenas três segmentos: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (0,7%) e móveis e eletrodomésticos (0,3%).

A Intenção de Consumo das Família também cresceu

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou alta de 2,4% de abril para maio deste ano, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Entre os sete componentes da ICF, os maiores avanços foram observados na avaliação sobre o momento atual em relação à compra de bens duráveis (5,5%) e no nível de consumo atual (3,4%). A renda atual e a perspectiva de consumo também se destacam, com altas de 2,9%.

Os outros componentes tiveram as seguintes altas: emprego atual (1,6%), perspectiva profissional (1,2%) e acesso ao crédito (0,8%). Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, as sucessivas quedas da inflação têm ocorrido além do esperado, o que deixa “os consumidores mais dispostos a consumir”.

Por outro lado, segundo ele, o nível elevado do endividamento do consumidor e os juros altos limitam a renda disponível ao consumo.

Na comparação com maio de 2022, a ICF cresceu 21,7%, com aumentos nos componentes de momentos para duráveis (35,1%), nível de consumo atual (32,8%), perspectiva de consumo (31,7%), renda atual (27,6%), emprego atual (14,9%), perspectiva profissional (13,9%) e acesso ao crédito (8,8%).

Foto de abertura: Freepik