ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
Como acelerar o crescimento da empresa?

Como acelerar o crescimento da empresa?

23 set 2022

“Tudo começa por uma mentalidade de crescimento pelo mindset claro. E por estratégias definidas, além de recursos”, afirma no início de palestra Lyana Bittencourt, CEO do Grupo Bittencourt, se referindo a como uma empresa pode crescer, no painel “Aceleração do crescimento pela diversificação de canais”, que intermediou na 7ª edição do Latam Retail Show, realizado esse mês.

Lyana explica que para uma empresa crescer, também, é fundamental que tenha gente querendo trabalhar nela. Relaciona algumas características dos líderes que buscam crescimento: resilientes, ágeis, mentalidade de acompanhamento, exploradores de novas oportunidades, olhar para fora e busca permanentemente de inovação.

Já as características de empresas que alcançam crescimento, segundo a executiva, são: priorizam a ação X perfeição, compartilham histórias de sucesso, têm foco no crescimento de longo prazo, não têm medo de errar, conhecem e dialogam com o consumidor e se comprometem e fornecem recursos para crescer.

“Os negócios estão sendo impactados por um ambiente de grandes incertezas. Expandir os negócios vai demandar dos empresários uma interpretação dos dados para geração de insights baseados nessa nova inteligência de negócios – essencial para a sustentabilidade da empresa”, explica Lyana.

Nesse cenário atual, a CEO dá orientações de estratégia de expansão, que envolvem identificar a principal vantagem competitiva (que será a fórmula); identificar os mercados potenciais e prioritários, fundamentados em dados (Data Analytics e BI – Business Intelligence); averiguar estrutura, processos, tecnologia e pessoas para sustentar a expansão; e desenvolver diferentes modelos e formatos para diferentes mercados.

A empresa que quer crescer, deve escolher algum caminho, conforme Lyana. “Ela pode obter esse crescimento pela expansão para novos mercados e formatos, por meio de novos produtos ou inovação nos existentes, ou pelo ecossistema – novas parcerias estratégicas, e ainda por meio de fusões e aquisições, além de novos canais de vendas”.

A seguir em sua apresentação, a especialista comenta sobre cada um desses caminhos para o crescimento. No caso de ser pela expansão por meio de novos mercados e formatos, os benefícios são: maior conhecimento da jornada do cliente, melhor experiência de consumo, aumento do share, aumento da base de clientes, otimização de recursos e eficiência operacional.

Já com relação a crescimento por novos produtos ou inovação nos existentes, a palestrante orienta que é importante:

. usar dados sobre a jornada de consumo do cliente para entregar uma proposta de valor que de fato atenda às suas necessidades

. exige renovação constante – fazer do acompanhamento das tendências uma atividade chave do negócio

. ficar de olho na concorrência – manter o diferencial competitivo e ser protagonista é fundamental

. escolher o portfólio de produtos e serviços para crescer naqueles com melhores margens e visibilidade

Outra frente, conforme a executiva, são as parcerias. “No Brasil tem muito ecossistema sendo criado de maneira inteligente, muita coisa acontecendo”. Ela dá como exemplos as marcas Riachuelo, Magazine Luiza e Centauro. “Um ecossistema de negócio é pautado na captação de valor pela cooperação entre empresas e frentes de negócios sinérgicos com finalidade de oferecer uma melhor oferta para o consumidor”, explica.

Os benefícios nesse caso são: crescimento exponencial, integração entre negócios, incorporação de competências não nativas, diversificação em novas áreas, aprendizado contínuo sobre clientes, maior oferta de produtos e serviços ao consumidor e maior agilidade e competitividade.

Ainda, em mais uma frente a de fusões e aquisições, “que avançaram bastante, pois acelera crescimento e tem economia de escala, uma vez que une as competências”, afirma Lyana. E dá como exemplos as fusões de Carrefour com Grupo Big e a Arezzo&Co e Reserva.

E sobre novos canais de vendas em uma integração das oportunidades, segundo ela, temos:

. loja conceito — ou flagship stores, que valoriza recursos visuais, como ornamentação e arquitetura, explorando aspectos emocionais e sensoriais

. loja lab – conectada, que tem como foco oferecer experiências ao consumidor

. loja hub – lojas físicas aliadas das vendas pelo e-commerce

. venda direta/social selling – geralmente ocorre por meio das redes sociais

. além da loja quiosque escalável, clube de assinatura, e-commerce e live commerce (modalidade de vendas feita pela transmissão online, como acontece em uma live).

“E, também, estamos falando em estratégias omnichannel, do varejo tradicional para o digital e móvel”, completa Lyana.

O Grupo Bittencourt tem 36 anos de história, é uma consultoria voltada para a inteligência de rede de negócios, com mais de dois mil projetos atendidos. É uma empresa nacional com atuação internacional.