
Atividades financeiras predominam como principal ação nas startups, segundo levantamento do Sebrae
Falta de talentos e burocracia ainda são dificuldades para quem está à frente do negócio
O negócio de startup ainda continua forte no país, conforme informa o setor de imprensa do Sebrae. O pico deste modelo se deu há uns 5 anos, mas hoje pode se falar em um movimento mais maduro e consolidado no país. Dos empreendimentos que mais adotaram este modelo, no ranking de principais atividades está a financeira, seguida por tecnologia da informação e hotelaria.
A maioria das startups está no Sudeste e no Sul do país. Essas regiões concentram 76,8% das empresas deste tipo.
Esses dados são de levantamento de atendimentos à startups do Sebrae de 2022 e pesquisa ‘Mapeamento do Ecossistema de Startups 2022’, da ABStartups – Associação Brasileira de Startups com a Deloitte, realizada entre agosto e outubro do ano passado, em 266 cidades, com 1753 respostas.
Perfil das startups
Hoje existem 22.220 startups no país (e o Sebrae atendeu 35% delas), sendo que 45,8% foram fundadas a partir de 2020. Cada empresa inovadora faturou R$ 850 mil em média, no último ano. O perfil de startups é de negócios jovens e investimentos acima de R$ 1 milhão — 39,6 % das startups já tiveram aportes e 68,7% possuem até 10 colaboradores.
“O movimento de startups no Brasil ainda é forte e continua a crescer. O ecossistema de startups brasileiro tem se consolidado, e a cada ano surgem novas empresas inovadoras em diversos setores, além de haver uma maior quantidade de investidores e aceleradoras apoiando essas empresas”, afirma Rodrigo Rodrigues, analista de inovação do Sebrae.
A escassez financeira, a burocracia, a falta de talentos e a concorrência são as principais dificuldades de gestão dessas empresas. “O Sebrae vem mapeando esses gargalos para conseguir rapidamente êxito na solução desses problemas”, afirma Rodrigues.
Neste acompanhamento, o Sebrae detectou que a maioria desses empreendimentos quer crescer e se tornar uma grande empresa, pois são criadas com um modelo de negócio escalável e inovador, com o objetivo de conquistar um mercado amplo e se tornar uma referência em seu setor de atuação. “Por outro lado, existem casos em que as startups optam por se manter em um tamanho menor e mais enxuto, especialmente quando encontram um nicho de mercado específico e rentável. Nesses casos, a startup pode optar por crescer organicamente, sem investimentos externos significativos”, explica Rodrigues. Além disso, o país tem atraído muitos investidores internacionais, o que tem contribuído para o crescimento do setor. O importante é ficar atento ao cenário político e econômico do país, recomenda o analista.
Dicas valiosas do Sebrae para quem quer investir neste negócio
. É preciso ficar atento a alguns fatores como: o modelo de negócio, o mercado em que a empresa atua, a equipe de gestão, a capacidade de inovação e a habilidade em lidar com desafios e incertezas.
. A startup deve ter um modelo de negócio inovador e escalável, que permita um crescimento rápido e rentável, atraindo investidores e clientes. E uma estratégia clara para lidar com a concorrência e criar vantagens competitivas.
. Outro fator importante é o mercado em que a startup atua. A empresa precisa estar inserida em um mercado com potencial de crescimento e que permita a entrada de novos competidores.
. A startup deve oferecer soluções que atendam às necessidades dos clientes e que sejam rentáveis.
. A equipe de gestão também é fundamental para o sucesso de uma startup. Deve ser experiente, com habilidades complementares e ter uma visão estratégica clara. E que saiba lidar com desafios e incertezas, trabalhando de forma colaborativa e inovadora.
. Por fim, é importante ressaltar que ser uma startup pode envolver alto grau de risco e incerteza. É necessário estar preparado para lidar com eventuais fracassos e aprender com eles, buscando sempre aprimorar a empresa e buscar novas oportunidades de crescimento.
Foto de abertura: drobotdean no Freepik