As dicas preciosas dos CEOs no maior evento de varejo do mundo
Novos formatos de lojas e a promoção da cultura de diversidade foram alguns insights dos CEOs que palestraram no congresso da Big Retail’s Show, da NRF, em Nova York, esse ano. Para mostrar um panorama geral a respeito, o evento pós-NRF da Varejo 180, levou ao palco Jacques Meir, CEO Mundo do CX/CX Hub, que na abertura já deu um recado claro: “Impressionante ver o trabalho cultural dentro das organizações para enfrentar tempos mais duros. A cultura da diversidade está mesmo até no pequeno varejo americano e, também, o uso intenso de dados para conhecer mais o consumidor”.
O especialista listou CEOs com presença marcante na NRF 2023: Jeff Gennette, da Macy’s; Richard Dickson, da Mattel; Harley Finkenstein, da Shopify; Paige Thomas, da Saks OFF 5th; Brian Cornell, da Target; Ron Coughlin, da Petco; Jason Buechel, da Whole Foods Market; Anish Melwani, da LVMH; e Steve Williams, da Pepsico Foods.
“Quase todos disseram estar reaprendendo a lidar com a inflação, vivendo a queda do poder aquisitivo e tendo que manter o controle de custos”, conta Meir.
Jacques Meir, CEO Mundo do CX/CX Hub, em sua apresentação no pós-NRF no evento do Varejo 180.
Em sua apresentação, o especialista repetiu várias vezes a palavra “eficiência”, se referindo ao varejo americano na criação de novos formatos de lojas. “Hoje surgem originais e inovadores formatos de varejo. A loja precisa criar emoção. Na NRF vimos que os PDVs evoluem absurdamente”.
Meir diz que se deve usar a loja para fazer testes, ela tem que falar pelo tato, pelo paladar, pela audição, entre outros. A partir de experiências do consumidor se consegue abrir novos mercados. “Agora, se o CEO não comprar a ideia, se as inovações não começarem de cima, a experiência não acontece. A loja é uma tela e a experiência do cliente uma pintura”, explica o executivo. Para ele, a experiência é investimento, pois acredita que deve se fazer vários testes e basear as decisões em dados. E sinaliza: “experiência para melhorar margens de lucro, para criar recorrência e para sincronizar com a geração Z”.
E, por falar, em geração Z, Meir diz ser uma geração narcisista digital. “Constituem a era da raiva, são consumidores intolerantes, insatisfeitos e, além de tudo, se não gostam de algo espalham rapidinho pela internet”. Para esse e outros públicos, o especialista orientou criar espaços instagramáveis nas lojas como atração.
Segundo ele, a automação, o uso de dados e a omnicanalidade estão em evidência no varejo americano. “O metaverso também está com força, hoje existe o D2C (direto ao consumidor) e D2A (direto para seu avatar)”.
O executivo, também, reforçou a importância da parceria, de gerar trabalhos conjuntos, mesmo sendo um pequeno varejista. Também elevou a força do time no trabalho da empresa. “É preciso fazer a cabeça da equipe, oferecer confiança, segurança e flexibilidade. Para eles se sentirem pertencentes à empresa”.
Meir deu, ainda, alguns números divulgados na NRF: o varejo americano investe 110 bilhões de dólares em mídia; e o mercado de reúso americano fatura 300 bilhões de dólares, e cresceu 218%, em 2022.