A Loja do futuro já presente
A ousadia e inovação têm tomado conta do varejo e o Brasil, dentro de sua realidade, não está ficando para trás. Recentemente, a Americanas inaugurou uma loja autônoma, a primeira da companhia a operar em ambiente de alto fluxo.
Imagina entrar na loja pegar produtos e levar, sem vendedores, nem fila e livre dos caixas. “Liberdade é a sensação”, diz Thais Moro, diretora de Marketing da ABIESV e gerente de Marketing da Lemca. “Mas acredito que no Brasil o varejo autônomo, a princípio, acontecerá apenas em alguns nichos de mercado, com público de alta renda”, analisa.
Segundo Thais, a loja autônoma é uma tendência mundial, pois tem agilidade e praticidade e o varejo está em constante aprimoramento para atender os diferentes tipos de consumidores. “Mas, a figura humana ainda é muito importante. Isso fica evidente que, mesmo com o crescimento do e-commerce, várias marcas abriram lojas para que o consumidor viva a experiência no espaço físico para ajudar a definir a compra”, completa.
A nova Americanas fica no Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro e se chama Ame Go. Na loja a tecnologia fica ‘de olho’ em quais produtos os clientes pegaram. O empreendimento é resultado de muito estudo sobre o consumidor atual: há dois anos a Americanas S.A. vem testando o modelo dentro de um condomínio e nos escritórios da empresa.
Tecnologia da loja – É baseada em inteligência artificial e visão computacional. São 32 câmeras fazendo biometria corporal do cliente que passa pela catraca com o aplicativo da Ame. Nele, o consumidor toca em “Pagar” e depois vai em “Pagar nas Lojas Americanas”. Depois direciona o QR Code que aparece na tela do celular para o leitor da catraca acessar a loja, escolher o que quiser e sair. Os preços das suas compras são debitados do aplicativo. A tecnologia é de responsabilidade da startup Zippin.
A loja tem produtos de primeira necessidade, como material de higiene, acessórios para celular e snacks. O horário de funcionamento é das 7h00 às 22h00.
Nos Estados Unidos, em 2018, nasciam as lojas Amazon Go, da Amazon, em Seattle/Whashington, que funciona com tecnologia semelhante. Hoje, são 29 pelo país.
“Este é um tipo de varejo que cresce no mundo todo e com certeza não será diferente no Brasil. Estamos testando todos os modelos de negócio no varejo porque, pela primeira vez na história, temos tantas gerações distintas consumindo. Consequentemente uma diversidade muito grande a ser atraída”, diz Ana Costa, diretora de Acadêmico e Conteúdo da ABIESV, especialista em trade marketing, visual merchandising, comportamento de consumo e gestão de PDV.
Outra autônoma — Após a abertura da nova flagship em Valinhos, a rede de supermercados Dalben inaugura, em dezembro, a primeira loja autônoma da rede em condomínio de alto padrão em Campinas, com área aproximada de 20 a 40 m2 e de 300 a 500 itens. “A ideia é que seja uma unidade de conveniência autônoma integrado ao entorno que será implantado”, conta Rosely Kawahara, fundadora e sócia diretora da Kawahara & Takano Retailing, conceituado escritório brasileiro de sucesso internacional, que desenvolve arquitetura de negócios e cria conceitos estratégicos de pontos de venda escritório responsável pelos projetos da Dalben.
A nova loja terá mercearia, pães, bebidas, limpeza e higiene, itens de churrasco, carnes, congelados e sorvetes, frios e laticínios.
Crédito foto de abertura: Americanas Divulgação