A guerra no mercado pet
Três empresas juntas – Petz, Cobasi e Petlove — têm menos de 15% do mercado pet brasileiro, que fatura anualmente R$ 40 bilhões
Há poucos meses, após anunciar ter dobrado o seu faturamento em dois anos, o Grupo Petz, especializado em produtos e serviços para animais de estimação, atiçou forte a concorrência. Nessa semana, a Cobasi informou que está redobrando a aposta em marcas próprias para voltar a liderar o segmento.
Enquanto o Petz cresceu 90% no digital, expandiu consideravelmente em 2021, com a inauguração de 37 lojas e 4 hospitais, e fechou o ano com faturamento de cerca de R$ 2,5 bilhões, o dobro de 2019, e 6% de participação no mercado; a Cobasi fatura R$ 2,1 bilhões por ano, tem 5% de participação no mercado, e tem crescido mais rápido após ter recebido, em 2021, investimento de R$ 300 milhões do fundo Kinea, do Itaú – primeira injeção de dinheiro externo na companhia após 30 anos.
Dessa forma, pioneira no segmento, a Cobasi está na briga para retomar sua posição perdida em 2020. Lançará produtos e promete inaugurar 32 unidades ainda esse ano, quando terá um total de 190 lojas.
Aquisições
Em 2021, a Petz adquiriu marcas como a Cansei de Ser Gato (CDSG); Zee.Dog, de acessórios para cães e gatos; Cão Cidadão/Alexandre Rossi e, em janeiro de 2022, a Petix, fabricante de tapetes higiênicos e a Eleven Chimps, de alimentos para bichos de estimação.
Na contramão da concorrente Petz, em vez de produzir os itens diretamente, a Cobasi opta por terceirizar a fabricação. Além disso, ao contrário da concorrente, não vê as fusões e aquisições como uma via de crescimento. Já uma abertura de capital, como fez a Petz, está no radar da Cobasi.
Em termos de produtos, a Cobasi tem uma outra diferença: além de linhas para animais de estimação, tem um foco maior em categorias de jardinagem. Agora, ambas, Cobasi e Petz são omnichannel.
Nesse setor, a terceira colocada é a Petlove, que acaba de chegar ao ambiente físico, após uma trajetória de 23 anos no online, com uma loja de 415 m² em Moema, na zona sul de São Paulo. As três juntas têm menos de 15% do mercado pet brasileiro, que fatura anualmente R$ 40 bilhões (dados da consultoria Euromonitor). O restante da porcentagem está com pequenos negócios.
Foto: Divulgação Petz