ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
Você já usou moodboard para criar seus projetos?

Você já usou moodboard para criar seus projetos?

01 abr 2022

Para quem ainda não conhece, o moodboard pode ser de extrema importância para visualizar melhor as ideias no início de um projeto. É um quadro vivo, um painel semântico, que pode reunir colagens, fotografias, imagens de revistas ou Internet, amostras de tecidos, desenhos, objetos, texturas e cores, que conseguem exprimir emoções e sentimentos relacionados ao briefing em questão. É uma técnica usada para facilitar a transmissão do conhecimento sobre determinada ação para outras pessoas.

“O Moodboard é o ‘cara crachá’ da atmosfera do projeto, a diretriz conceitual. É usado na etapa zero do trabalho, como uma ferramenta de suporte na criação das atmosferas, que traduz humor, emoção sentimentos, e direciona para a palheta de cores e materiais empregados naquele projeto”, explica Juliana Neves, sócia-diretora da Kube Arquitetura, para o qual o moodboard faz parte da entrega de um pré-projeto, na etapa de imersão.

Para ficar mais claro, ainda, Juliana esclarece que se trata de um painel de clima e não de design, e conta o passo a passo: “você pensa no conceito, entende o briefing do cliente e começa o ciclo do moodboard. Reúne referências, as coloca no quadro, analisa e rearruma, em um certo momento fotografa, depois volta a recolocar as peças no quadro e assim acontece um ciclo. O moodboard é usado em um momento total de inspiração, de criação”.

A arquiteta também orienta na execução do moodboard ressaltando a importância de haver uma hierarquia na hora da sua montagem. “Por exemplo, deve-se colocar no meio e em um tamanho maior a referência mais importante daquele projeto, que traduza melhor a atmosfera que se quer. A partir disso, vai montando ao redor e complementando esse quadro. As referências reunidas no moodboard devem ter um sentido e uma intenção que facilitem a definição e direcionamento de ideias”.

Segundo Juliana, o ideal também é que seja um painel vivo, que esteja em constante evolução, pois assim como uma marca não pode ficar parada no tempo, o moodboard também não pode. “O ideal é que de tempos em tempos se revisite o painel feito e tire referências dele que não correspondam mais ao momento atual da marca, e, também, insira novas referências”, completa Juliana, que também é vice-presidente da ABIESV.

Comumente utilizado por publicitários, designers gráficos, profissionais da moda e da arquitetura, o moodboard pode ser usado para projetos das mais variadas áreas, além do varejo, também para uma festa de casamento, um cenário de filme, entre outros. Pode ser físico ou digital, criado de diversas maneiras, como no Photoshop ou programas similares, fazendo o uso de imagens buscadas em sites de buscas; redes sociais e aplicativos de celular como o GoMoodboard, Canva, Niice e Pinterest.

Diagrama abaixo explicativo, usado por Juliana Neves em suas aulas. Ela é professora convidada dos cursos de Retail Design & Branding da PUC-RJ, do líbero de Retail Design e de Projetos Comerciais no curso Saperfare de Interiores, ambos no IED Rio.

Neste exemplo abaixo, a Kube Arquitetura aplicou cores fortes e usou materiais que remetem à natureza como: pedras, plantas, madeira, cordas, que em formas sinuosas e estrategicamente dispostas junto aos produtos, que criaram um ambiente aconchegante que atrai a atenção do cliente de diferentes maneiras. A intenção é que cada visitante se sinta imerso nos ambientes, mergulhando nos conceitos dos projetos e se identificando como parte dele.