VM de mãos dadas com o Varejo
Por PhD. Sylvia Demetrescu *
Perambular pelas ruas, passear no shopping é ver imagens de vitrinas, lojas e marcas. Isto é penetrar num universo de infinitos conhecimentos – conhecimentos esses que são dos profissionais do universo do Visual Merchandising e do Marketing, que trabalham de mãos dadas no varejo.
Entrar no mundo acadêmico dessas áreas nos faz entender que como o médico que pesquisa e analisa cada paciente e as melhores condições de tratá-lo são tão vitais…. tanto quanto o VM no varejo!
O VM analisa uma marca, sua história, seu consumidor (paciente) e realiza a história a ser contada de modo eficaz por todo espaço da loja.
Imagem: www.kleestudio.com
Uma análise mais profunda (estudando a semiótica) vai esclarecer o que se apresenta numa vitrina ou na ambientação de uma loja, que não é simplesmente colocar produtos à mostra. Na semiótica se estuda como uma imagem se funde com o pensamento de quem a vê. Conforme cada público a imagem representa coisas diferentes que se associam ao cliente.
Para cada loja criada, há meses de estudo, pesquisa, momentos de interrogações e análises do consumo e do consumidor de uma cidade. Por trás de tudo que nós vemos. Muita teoria e muita prática – muitas horas de janela! Um manequim, sua cor, sua postura, seus cabelos e seu look… não estão ali à toa!
E como fazer isso? Estudando VM! Conhecendo as técnicas, os materiais, a iluminação, as ferramentas, o planejamento, a ética, e um grande número de aulas específicas, criam o profissional competente.
Algumas dicas:
- Se dois produtos têm as mesmas características o que gera emoção será o escolhido.
- Estudar a rentabilidade do ponto de venda e orientar o percurso do cliente fazem a loja criar certo atrativo. Fazer o cliente se aproximar de cada corner ou display para compreender quem é esta marca.
- Compreender o cliente e o empresário é de maior importância.
- Gestão otimizada do espaço/loja pensando em store planning, planogramas, guide de VM, relacionar a loja com o virtual, com mesas touch screen, led, imagens interativas são algumas ferramentas necessárias.
Tudo influência nas decisões finais de compra do cliente, que já vem sabendo muito sobre o produto que quer, ao chegar à loja. O bom VM terá estudado cada um desses itens, além de outros mais, numa escola especializada, dicas:
https://www.gradschools.com/programs/fashion-retail-merchandising?countries=germany
http://www.fitnyc.edu/vped/index.php
Um VM vai procurar encontrar alguns itens a serem discutidos com o empresário/lojista:
EFETIVIDADE
Como garantir seu sucesso? Adaptar seu discurso à marca: a relação indústria/distribuidor, o melhor desenvolvimento e venda de seus produtos. Formar, conhecer aconselhar os melhores canais de venda.
EXCELÊNCIA
Suas equipes de VM e venda têm formação? Conhecem seus objetivos e desafios? E suas ferramentas são as ideais tanto no VM como na categorização merchandising?
CURIOSIDADE
Quais as ferramentas inovadoras? Qual sua estratégia “Phygital Retail”. Aonde inovar? Como ver a concorrência?
Cursos intensivos, universitários são as possibilidades em várias escolas e associações como a ABIESV; são espaços reais e virtuais em que uma seleção de professores e profissionais se dedicam a aprofundar os quesitos nesse âmbito. Criar um profissional com ética e saberes!
*Sylvia Demetrescu é Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. VM na empresa Relógios Rolex. VM da Loja Natura Paris. Professora de VM na FAAP. Livros: Vitrina Construção de Encenações, ed. Senac; Vitrinas e Exposições: Arte e Técnica do Visual Merchandising, ed. Érica/Saraiva.
Crédito da foto de abertura: Estudantes da escola cepv Suíça