ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
‘Varejo reinvente-se ou morra’

‘Varejo reinvente-se ou morra’

10 nov 2019

Quem diz esta frase é Marcelo Santaniello, Chief Product Office da Nexusvr, empresa que atende o mercado no desenvolvimento de tecnologias disruptivas em sistemas interativos. Especialista em tecnologia aplicada a marketing, implantador do conceito de neuromarketing, Santaniello está há mais de 25 anos no mercado Mobile, SVA e Tecnomarketing. “As gerações mudaram muito e se as marcas não acompanharem ficarão para trás. É se reinventar ou estagnar”, diz o executivo. “Hoje existe uma velocidade incrível dos conteúdos, sobretudo por causa do celular, uma ferramenta muito importante de contato com o mundo, que gera experiências individuais a cada momento”, completa.

Segundo o especialista, as tribos se formam e vão para os conteúdos que mais as atraem. “As tribos sempre existiram, mas estão mais segmentadas do que nunca, isto é uma tendência”. Cada geração tem as suas características e do total de habitantes 190.755.799, Santaniello mostra o equivalente: baby bommer (1940 a 1959), representa 19%; geração X (1960 a 1979), 22%; geração y (1980 a 1994), 36%; geração z (1996 a 2010), 15% e o restante são de tradicionalistas.

“Para atingir estes públicos e não sofrer perdas, já percebemos uma movimentação do varejo tentando se reinventar. As marcas contam com a ajuda de consultorias especializadas levando soluções que contribuem com esta evolução”. O especialista conta que muitas marcas têm chamado a sua empresa para ajudar a levar, por meio de tecnologia, experiências  que causem nessas gerações impacto e simpatia e, com isso, aumentar as vendas no e-commerce e na loja física. “Então, todos verão muitas lojas da C&A com experiências de realidade virtual, muitas lojas da Renner com experiências de realidade aumentada, e assim por diante”.

Conforme conta, hoje o varejo usa muito da estratégia de oferecer Wi-Fi ao consumidor e em troca, por meio do captive portal, ter acesso às informações nas redes sociais, como o Facebook. A partir daí, passa a rastrear onde quer que este consumidor esteja, dependendo da plataforma, no mundo todo. “A marca acompanha e assedia este consumidor, sabe do que ele gosta e de suas intenções, e obtém bons resultados em vendas”.

Para Santaniello, tudo isso porque o consumidor tem que ter afinidade, identidade e experiência com a marca para fidelizar. Dá um exemplo: “Fizemos para a marca Chilli Beans o lançamento de óculos em holografia. Na loja da rua Oscar Freire tem um grande telão com uma experiência interessante. A partir da foto do rosto do consumidor, um mecanismo mostra como ele fica com vários óculos diferentes. O consumidor clica em um deles e envia para um amigo para que vote se está ou não legal. Ambos ganham um percentual de desconto”. Conclusão: “uma marca pode se posicionar como ela quiser, mais barata, mais eficiente, mais divertida, mas o que vale mesmo é a experiência que proporciona ao cliente”, finaliza.

Marcelo Santaniello foi um dos palestrantes no 32º Backstage do Varejo (8/10), evento promovido pela Abiesv, com patrocínios da Lemca Iluminação e Omega Light.