ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
NRF 2022: a ressignificação do lar

NRF 2022: a ressignificação do lar

30 jan 2022

“As residências sempre foram locais de investimento, orgulho e reflexão pessoal, mas com a pandemia rapidamente se tornaram local para estudos, trabalho, recreação e até para devoção espiritual”, disse Marvin Ellison, presidente e CEO da Lowe’s (empresa de materiais de construção), no Big Retail Show, que aconteceu há poucos dias em Nova York.

A Lowe’s teve um crescimento de dois dígitos em receita e lucro líquido. Durante a pandemia deu apoio a seus associados, comunidade e pequenas empresas, comenta o CEO.

Hoje a empresa apresenta um novo conceito que engloba todas as necessidades do lar. “Em diversas discussões de movimentos de mercado, apostamos na ressignificação do lar, que da noite para o dia deixou de ser o espaço de recolhimento confortável e se tornou elemento fundamental do isolamento social”, conclui Ellison.

A Vimer, empresa fundada por Camila Salek, uma das maiores futuristas do varejo, traz reflexões em seus estudos de tendências “Nos últimos anos, o isolamento social provocou o olhar para o universo interno, o que abrangeu movimentos de autoconhecimento e autocuidado. O consumidor passou a dar maior atenção para os ambientes que vivencia, compreendendo seus reflexos na saúde emocional e física. Este contexto justifica, alguns dos comportamentos que acompanhamos, como o aumento da busca por elementos que compõem o design biofilico – trouxemos a natureza para ambientes indoor – e inspiração em espaços que transmitem atmosfera cômoda e confortável”

Levando o estudo para espaços de loja, a empresa de inteligência de varejo completa: “Além de pensar em como as marcas podem auxiliar o consumidor a aprimorar o ambiente em que vivem e alavancar novas experiências capazes de tornar estes espaços válvulas de escape para os desafios do atual cenário, o posicionamento da Lowe’s nos faz refletir, também, em como estão os espaços das marcas. Uma das tendências atuais de varejo, que chamamos de “Freedom Store”, diz sobre lojas que ganham um tom de “casa”, com uma atmosfera convidativa, confortável, espaços que humanizam a marca e, como se estivesse abrindo as portas de sua casa, aproximam o consumidor.

Case de negócio

Em nossas reportagens sobre NRF costumamos destacar algumas lojas de Nova York, recomendadas como cases por especialistas do varejo. Uma delas é a Allure, “modelo de negócio inovador, que une mídia, curadoria, educação e experiência no varejo”, afirma Ricardo Guinâncio, diretor de inovação da ABIESV, e CEO do O Negócio do Varejo, e que levou uma delegação a Nova York, na NRF 2022.

No começo do segundo semestre de 2021 a revista feminina Allure ganhou sua primeira loja física no bairro de Soho, em Nova York, que tem curadoria de mais de 270 produtos, de mais de 150 marcas, incluindo Neutrogena, Danessa Myricks e Bobbi Brown.

O espaço tem várias tecnologias que aprimoram a experiência de compra: experimentações virtuais de Realidade Aumentada, códigos QR para conectar os clientes com produtos e espelhos inteligentes. “Utilizando-se da sua vasta expertise editorial em selecionar produtos e marcas favoritas, inovadoras e de sucesso para sua publicação, a Allure transforma esse conhecimento em um novo nível de experiência para seus clientes, materializando-os em uma loja no varejo físico”, diz Guinâncio.

Segundo ele, os clientes podem conferir, testar e aprovar os produtos listados na publicação dentro da loja. “A Allure cria uma jornada que ativa o lado sensorial dos clientes, oferecendo ainda informações adicionais e suporte técnico por quem realmente entende do riscado. E tudo isso com muita tecnologia que passa despercebida pelos clientes. A marca ainda trabalha com eventos e sessões exclusivas, integrando, educando e criando um senso de comunidade com os clientes e parceiros. Uma experiência imersiva e completa”.

Olhando com cuidado os detalhes da loja e do projeto, conforme Guinâncio, fica nítido que este modelo de negócio pode atrair novos players de diversos segmentos editoriais, que podem complementar ou reinventar sua proposta de valor, atuando de forma combinada com o varejo.

Ricardo Guinâncio recomenda conhecer a Allure (NY)

 

Crédito foto de abertura: Freepik

 

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