ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
Inovação, Transformação Digital e Tecnologias: NRF 2022

Inovação, Transformação Digital e Tecnologias: NRF 2022

26 nov 2021

“A tecnologia vem para ajudar, é mais uma etapa de nossa evolução”, afirma Ricardo Pastore, professor e consultor de Varejo Omnichannel e Coordenador do Núcleo de Estudos do Varejo da ESPM, no evento online “NRF 2022, Acelerando o Varejo: Inovação, Transformação Digital e Tecnologias”, realizado na semana passada, que trouxe para um debate as tendências do varejo, que serão abordadas na feira em janeiro. “Estamos olhando como o varejo se comportará pós-pandemia. Acreditamos que uma das tendências é realmente o investimento em muitas experiências, lidar com as emoções e sentimentos dos consumidores”, completa Pastore.

Ricardo Guinâncio, CEO de O Negócio do Varejo, e Diretor de Inovação da ABIESV, mediador do debate, fala sobre a convenção: “Na NRF tem as palestras e a exposição, com certeza veremos muita coisa bacana de tecnologia e inovação”. Para ele, todos estão sentindo muita falta do humano, da interação, do contato, por causa da pandemia. “Quando tivermos mais livres, com a liberação total dos estabelecimentos comerciais, acredito que será um boom”, analisa.

O debate, que visa apresentar os últimos insights e tendências do varejo como parte da da programação da Delegação – Special Program New York | NRF 2022, teve também a presença de Lucio Leite, Diretor Institucional do IBEVAR-FIA. Para ele não tem como imaginar um business sem tecnologia. “A tecnologia não é o fim e sim o meio, é essencial pois vai suportar o negócio, trazer agilidade”. E explica que é preciso levar a tecnologia para o centro da estratégia do varejista. “A NRF é um grande celeiro de ideias e soluções, que geram insights para nós no Brasil. Mas é preciso pensar em como trazer todas essas experiências para o varejista brasileiro”.

O varejo, conforme Lucio Leite, foi o setor mais impactado pela pandemia. “Ouvimos falar em novos tempos e que o varejo será diferente. Até o momento há muita especulação sobre o futuro, por isso a expectativa em cima dessa NRF, onde conseguiremos entender melhor os rumos que de fato o varejo tomará”. Para este especialista em tecnologia, a união de profissionais de várias áreas de conhecimento, colabora muito para tropicalizar aqui no País este conceito visto na feira de NY.

Lojas fantásticas⠀⠀⠀
O debate interativo, onde os participantes podem perguntar ou fazer observações a qualquer momento, continua com a apresentação de cases, como a loja do Google (NY). Segundo Leite, o Google vale quase 2 trilhões de dólares, “se a marca precisou ter essa loja, imagina os demais”. E o especialista pergunta: “Qual o papel dessa loja do Google? A tecnologia só não basta, é preciso fazer com que as soluções conversem com o consumidor, tenham um alto nível de interatividade. Antes mesmo de entrar na loja, o Google já começa essa brincadeira de interatividade, mostrando a que veio”.

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Loja do Google em Nova York

 

A nova loja apresenta todas as tecnologias do Google e como podem ser integradas: serviços cognitivos, reconhecimento de voz, inteligência artificial e Machine Learning Cloud. E vai além: “mostra como podemos trazer essa tecnologia para dentro de casa, na maior normalidade, como se fosse uma geladeira. E como usar a tecnologia para resolver um problema da empresa. O que vemos na loja é evolução em cima de evolução”, diz o especialista.

“O Google quer mostrar seu poder de tecnologia, o que pode fazer e todos esses serviços estão disponíveis no Brasil e mais baratos do que nunca estiveram. “Mas acontece que o varejista olha para a tecnologia do Google e não consegue traduzir para o seu business”, analisa.

Segundo o especialista, primeiro é preciso que o varejista saiba para onde quer levar o seu negócio, quem é o seu consumidor. “As empresas brasileiras têm dificuldade de conhecer seu cliente, vimos vendedores sem ferramenta adequada para vender, e na sua grande maioria não existe tecnologia na ponta. Quantas vezes recebemos SMS ou WhatsApp que não tem nada a ver com a gente”.

Conforme diz, na maioria das vezes, a tecnologia ainda não faz parte da estratégia do negócio. “É preciso trazer essa cultura para dentro da empresa e levar o TI para o centro da estratégia. Falta conexão maior entre as áreas de negócio com as de TI. Não existe mais negócio sem tecnologia, não existe transformação digital sem tecnologia. Vivemos em um mundo digital”.

Na loja do Google, o consumidor tecla em um painel de 24 línguas

 

Google — Sala de experiência de tecnologias em casa – as soluções se igualam no ambiente como se fosse um livro ou uma TV e faz parte do cotidiano sem atrito. Equipamentos interconectados dentro de casa.

 

Google – Sala de Games

 

Outro case apresentado no debate por Lucio Leite foi o Shopify, espaço do empreendedor, que tem no local à disposição um consultor de e-commerce, um estúdio profissional, um café e outros ambientes empresariais. “No Shopify se coloca a tecnologia à disposição do empreendedor. Um ambiente cheio de ferramentas para ajudar o varejista, que acaba usando o Shopify como base para seu negócio. E na verdade, se cria essa relação porque o espaço oferece ferramentas para acelerar o negócio”, conclui Moreira Leite.

Shopify criado para ajudar o empreendedor

 

O debate “Acelerando o Varejo” é promovido pelo O Negócio do Varejo, em parceria com: ESPM São Paulo, RDI Brasil e Ibevar Varejo.

Foto de abertura: Freepik