Balanço favorável das vendas do Dia das Mães
As vendas no varejo físico esse ano cresceram 6% na semana da data, com relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. “O resultado das vendas desse ano foi o esperado, um pouco abaixo de 2019 e melhor do que 2020, quando tivemos a primeira onda de lockdown. Nos três anos, a taxa de desemprego está alta (atualmente: 14,4%), fator determinante para as vendas de bens de consumo”, explica Marcelo Villin, diretor de pesquisas da ABIESV e sócio-diretor do instituto IMEI – Inteligência de Mercado.
Segundo o especialista, a grande vantagem esse ano é que as lojas estavam abertas. “No ano passado os lojistas cancelaram pedidos, pararam tudo para negociar com fornecedores. E quando o comércio reabriu, o varejista não tinha produto. Os consumidores vieram com vontade de gastar o auxílio emergencial, mas as prateleiras estavam vazias. Os comerciantes foram conservadores, pois não sabiam o que ia acontecer. Já esse ano foi diferente, o lojista já pensou em manter seu estoque, quando as atividades do comércio voltaram, os produtos estavam lá. E estavam preparados para enfrentar o Dia das Mães. Mais ainda falta organizar a cadeia produtiva”, conclui Villin.
Na data comemorativa das mães, o faturamento do comércio cresceu 46,5% em comparação a 2020, as vendas presenciais subiram 48,9%, e o e-commerce 24,2% (conforme Índice Cielo do Varejo Ampliado). Incluindo todas as transações realizadas via Rede, comércio presencial e online, o último Dia das Mães registrou um acréscimo de 57% ao faturamento dos varejistas, se comparado ao ano passado. As categorias de Moda e Acessório foram o grande destaque de vendas.
“O resultado do Dia das Mães foi dentro do previsto para o Vestuário. Na previsão, essa categoria já liderava as vendas. Geralmente isso acontece em datas comemorativas como essa e, também, Dia dos Pais e Dia dos Namorados, quando são favorecidos os presentes de uso pessoal: roupas, calçados e cosméticos. É bom pois garante a retomada dos setores que perderam muito com a pandemia. Já no Natal, por exemplo, esse setor perde um pouco a relevância, porque entra muito no balanço as vendas de produtos infantis”, explica o especialista de estratégias de mercado.
Além dos itens de vestuário, que geraram incremento de 200% nas vendas, se destacaram também os setores: Beleza (+155%) e Restaurantes (+130%).
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