ABIESV - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PARA O VAREJO
5 dicas para vender produtos e serviços mesmo na pandemia

5 dicas para vender produtos e serviços mesmo na pandemia

23 abr 2021

A pandemia tem provocado impactos sobre os pequenos negócios, mas também pode ser uma oportunidade para o empreendedor sair da comodidade e tentar criar soluções inovadoras. Pode ser um momento até do negócio se desenvolver mais rapidamente, conforme confirmam especialistas em varejo da ABIESV.

Mesmo com as restrições de circulação há possibilidades de manter as vendas de produtos e serviços. “Não é preciso mais ficar esperando o cliente chegar na loja, é possível ir atrás dele construindo novos negócios, tendo parceiros experts em tecnologia”, diz Julio Takano, membro fundador e conselheiro da ABIESV, e CEO da Kawahara & Takano Retailing.

Não menos importante também é seguir os protocolos de segurança, que são essenciais para manter sua empresa na ativa e cativar ainda mais o seu cliente. “Principalmente agora que a loja tem que estar limpa e segura para uma compra de decisão rápida. Na jornada essa percepção visual é muito importante”, explica Takano.

Confira 5 dicas, sobretudo ao pequeno varejista de loja física:

Plataformas de vendas online

Se a sua empresa ainda não tem ferramentas de venda online, passou da hora. “Aos pequenos varejistas que têm loja física, um conselho: busque ferramentas de associações que ajudem a colocar os produtos em um marketplace, que seja comunitário, destinado a pequenos”, aconselha Takano.

“Alguns empresários que ainda dizem: ‘a transformação digital não e pra mim’. Pois eu digo: é sim, a transformação digital é para você e se ainda não começou, neste tempo de reclusão para combate do Covid -19, está atrasado, porque o seu concorrente já se transformou”, completa o arquiteto especializado em varejo.

E ao ir para a venda digital se diferencie. Segundo o especialista, o preço não é mais o diferencial no e-commerce e sim o conhecimento, que é transformador.  “No momento que uma marca explica, por exemplo, a produção e origem do material, dá informações sobre a história da empresa, entre outros, demonstra, com essa curadoria, ser especialista, enquanto as outras marcas são distribuidoras. Este posicionamento tira a empresa do lugar comum e desperta uma curiosidade no consumidor. E se, ainda, o produto for entregue bem embalado, com aroma agradável e uma mensagem otimista, o cliente vai naturalmente querer conhecer a loja”.

Para ajudar o pequeno varejista neste sentido, logo no começo da pandemia, a ABIESV criou o www.apoieopequeno.com.br, loja virtual, em que o empreendedor pode comercializar seus serviços e produtos sem custo. O projeto foi criado em parceria com Conaje – Confederação Nacional dos Jovens Empresários e tem o apoio do Sebrae. “Lançamos esse movimento para o pequeno varejista que não estava preparado para este momento digital”, explica Marcos Andrade, presidente da ABIESV.

Mídias sociais

Os pequenos negócios precisam usar o máximo de ferramentas digitais para chegar até o público. Criação de perfis da empresa nas principais mídias sociais (Instagram, Facebook e Linkedin) é uma tarefa essencial hoje, onde poderá manter ações de comunicação, divulgando seus produtos e serviços, conquistando clientes e melhorando as redes de relacionamento. O custo é baixo. Porém é importante a criação de conteúdo que atraia o seu público-alvo.

Marketing digital

Para ampliar essa divulgação de produtos e serviços, o marketing digital é muito importante. No entanto é fundamental que as marcas conversem com seus clientes, não somente oferecendo produtos, mas compartilhando conteúdos que façam parte do dia a dia dessas pessoas. “O Digital em sua totalidade é um recurso que pode ampliar a experiência de consumo, seja nas redes sociais, no e-commerce, ou nos aplicativos de comunicação, como WhatsApp e Telegram. Todos possuem funcionalidades que integrados, se tornam fortes recursos que podem prospectar, atrair e converter necessidades em consumo”, explica Rafael Cunha, responsável pelo posicionamento de brand da Omega Light.

Segundo Cunha, investir em marketing digital não deve ser visto apenas como o fato de ter perfis em redes sociais, é necessário ter uma compreensão muito maior das formas de consumo de seus clientes do que se pode imaginar. É preciso saber o que seu cliente gosta de comer, ler, falar, compartilhar, e até mesmo do que ele gosta de rir. É tudo sobre pessoas, mesmo no meio digital. Então, antes de investir pesado, promovendo postagens no instagram, estude seus seguidores, perceba o que sua marca pode fazer para participar efetivamente e afetivamente da vida deles.

Conheça e se comunique com seus clientes

Você conhece seus clientes e tem o contato deles? Se aproxime, envie mensagens pelo WhattsApp, por exemplo, dizendo que, além da loja física, está com novo modelo de negócio, com vendas online e/ou entrega em domicílio. Sim, pois iniciando ou reforçando a divulgação em seus canais online, como dito acima, pode fazer ofertas especiais.  Reveja o seu modelo de negócio, agregando valor.

“É preciso conhecer o seu cliente e sabe-se que muitos varejistas ainda não têm programa de CRM – Customer Relationship Management”, afirma Marcos Andrade, que também é CEO da Expor Manequins.

“Tanto no físico como no digital é muito importante entender seu público-alvo, afinal você não vai vender filtro solar para quem odeia praia. E seja extremamente cordial, gentil e amigo do seu cliente, faça com que se sinta especial em todos os pontos de contato que ele tiver com a sua marca, criando experiências que sejam memoráveis”, aconselha Rafael Cunha.

Também nesses contatos, faça promoções e fale a ele sobre cuidados que você está tendo com a saúde e higiene em seu negócio, e que é possível agendar horário para ser atendido, se preferir.

Para ajudar o lojista a seguir os protocolos de saúde e segurança, a ABIESV criou a cartilha/selo Loja+Segura, com uma série de informações e providências necessárias para se tomar com relação ao estabelecimento. Projeto em parceria com InfoGo e Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas – CNDL.

A Loja+Segura foi implantada oficialmente, por exemplo, pela Prefeitura de Juazeiro do Norte/CE, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedeci), e hoje são centenas de lojas na cidade que já possuem o selo. Leia reportagem: http://portaldovarejo.com.br/cartilha-loja-segura-da-abiesv-ajuda-empresarios-de-cidade-do-ceara-a-seguirem-protocolos-de-saude/

 

Avalie custos e negocie prazos

Entre algumas dicas que o Sebrae dá está o empreendedor reavaliar os custos da sua empresa e saber quais são imprescindíveis para manter o negócio operando. Além de negociar prazos com seus fornecedores. “A empresa de pequeno porte é a que mais tem dificuldade de gestão, de acesso ao crédito e a ferramentas de competitividade. Então, reavaliar custos e negociar prazos se tornam fundamentais”, afirma Marcos Andrade.

“Associações como a ABIESV, que se dedicam ao varejo, são muito importantes para dar informações de qualidade, uma curadoria para ajudar esse varejista a ser mais competitivo e atuante”, completa Andrade.

Aproveite, ainda, os Cursos Online e Gratuitos do Sebrae para adquirir mais habilidades e pensar novas estratégias para o negócio: https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/cursosonline

Imagem de abertura: Freepik  

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